Geração De Negociação Na Avaliação Segundo Guba E Lincoln
Hey guys! Se você está se perguntando o que é essa tal de "geração de negociação" na avaliação, conforme os mestres Guba e Lincoln descreveram lá em 1989, você veio ao lugar certo. Vamos mergulhar nesse conceito e entender como ele se destaca das abordagens de avaliação que vieram antes. Prepare-se para uma jornada fascinante pelo mundo da avaliação!
Entendendo a Geração de Negociação na Avaliação
Guba e Lincoln e as Gerações de Avaliação
Guba e Lincoln, dois nomes de peso no campo da avaliação, propuseram um modelo de gerações de avaliação que nos ajuda a entender a evolução desse campo ao longo do tempo. A geração de negociação é a quarta geração desse modelo, e ela representa uma mudança radical em relação às abordagens anteriores. Para entender essa mudança, é importante conhecer as gerações que a precederam.
As Gerações Anteriores: Uma Breve Revisão
Antes de chegarmos à geração de negociação, tivemos outras três gerações de avaliação:
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Primeira Geração: A Era da Medição
- Nessa época, a avaliação era focada principalmente na medição de resultados. O objetivo era determinar se os programas estavam atingindo seus objetivos de forma eficiente. A abordagem era quantitativa, com ênfase em testes e estatísticas. Imagine como se estivéssemos medindo o sucesso de um bolo apenas pelo seu tamanho, sem considerar o sabor ou a textura! Os avaliadores eram vistos como juízes, emitindo veredictos sobre o valor dos programas.
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Segunda Geração: A Era da Descrição
- A segunda geração trouxe uma mudança de foco para a descrição detalhada dos programas. Os avaliadores buscavam entender o que estava acontecendo nos programas, como eles funcionavam e quais eram seus componentes. Era como se estivéssemos agora descrevendo os ingredientes e o modo de preparo do bolo, além do tamanho. Essa geração valorizava abordagens qualitativas, como entrevistas e observações, para capturar a complexidade dos programas. Os avaliadores atuavam como repórteres, documentando o que viam e ouviam.
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Terceira Geração: A Era do Julgamento
- A terceira geração combinou a medição e a descrição, mas adicionou um elemento crucial: o julgamento de valor. Os avaliadores não apenas mediam e descreviam, mas também emitiam juízos sobre a qualidade e o mérito dos programas. Era como se, depois de medir o tamanho e descrever os ingredientes do bolo, finalmente provássemos e déssemos nossa opinião sobre o sabor! Essa geração envolveu padrões e critérios para orientar os julgamentos, e os avaliadores eram vistos como juízes com conhecimento especializado.
A Quarta Geração: A Geração de Negociação
Agora, chegamos à estrela do nosso artigo: a geração de negociação. Essa geração representa uma ruptura com as abordagens anteriores, pois coloca o foco na negociação e no consenso entre os stakeholders (as pessoas envolvidas ou afetadas pelo programa). Mas o que isso significa na prática?
- Foco nos Stakeholders: A geração de negociação reconhece que diferentes stakeholders podem ter diferentes perspectivas e valores em relação a um programa. Em vez de impor um único julgamento de valor, essa abordagem busca entender e negociar essas diferentes perspectivas.
- Processo Participativo: A avaliação se torna um processo participativo, no qual os stakeholders são ativamente envolvidos na definição das questões de avaliação, na coleta de dados e na interpretação dos resultados. É como se todos os convidados da festa pudessem dar sua opinião sobre o bolo e participar da decisão sobre qual é o melhor bolo.
- Construção de Consenso: O objetivo final da avaliação não é apenas emitir um julgamento, mas construir consenso entre os stakeholders sobre o valor e o mérito do programa. Isso pode envolver a identificação de áreas de acordo e desacordo, a negociação de compromissos e a busca por soluções que atendam às necessidades de todos.
- Avaliador como Facilitador: O papel do avaliador muda drasticamente nessa geração. Em vez de ser um juiz ou um repórter, o avaliador se torna um facilitador, que ajuda os stakeholders a se comunicarem, a negociarem e a chegarem a um consenso.
Como a Geração de Negociação se Diferencia das Anteriores?
Para deixar ainda mais claro, vamos comparar a geração de negociação com as anteriores:
Característica | Primeira Geração (Medição) | Segunda Geração (Descrição) | Terceira Geração (Julgamento) | Quarta Geração (Negociação) |
---|---|---|---|---|
Foco | Resultados | Descrição | Julgamento | Negociação |
Abordagem | Quantitativa | Qualitativa | Mista | Participativa |
Papel do Avaliador | Juiz | Repórter | Juiz com Expertise | Facilitador |
Objetivo Final | Medir resultados | Descrever o programa | Julgar o valor | Construir consenso |
Envolvimento Stake. | Mínimo | Moderado | Moderado | Máximo |
Como podemos ver, a geração de negociação é única em seu foco na participação dos stakeholders e na construção de consenso. Ela reconhece que a avaliação não é apenas um processo técnico, mas também um processo político e social.
Por que a Geração de Negociação é Importante?
Você pode estar se perguntando: por que essa abordagem é tão importante? Bem, a geração de negociação oferece várias vantagens:
- Maior Relevância: Ao envolver os stakeholders, a avaliação se torna mais relevante para suas necessidades e preocupações.
- Maior Utilização: Os resultados da avaliação têm maior probabilidade de serem utilizados se os stakeholders se sentirem donos do processo.
- Maior Legitidade: A avaliação é vista como mais legítima quando todos têm a oportunidade de participar e expressar suas opiniões.
- Maior Aprendizagem: O processo de negociação e consenso pode levar a uma maior compreensão e aprendizagem sobre o programa.
Críticas e Desafios da Geração de Negociação
É claro que a geração de negociação também enfrenta algumas críticas e desafios:
- Consumo de Tempo: O processo participativo pode ser demorado e exigir muitos recursos.
- Dificuldade de Consenso: Nem sempre é fácil chegar a um consenso entre stakeholders com diferentes interesses e valores.
- Risco de Manipulação: Há o risco de que alguns stakeholders dominem o processo e manipulem os resultados.
- Subjetividade: A ênfase na negociação pode levar a resultados subjetivos e difíceis de generalizar.
No entanto, esses desafios não diminuem a importância da geração de negociação. Eles apenas mostram que essa abordagem requer um planejamento cuidadoso, uma facilitação habilidosa e uma atenção constante à dinâmica do grupo.
Conclusão
E aí, pessoal! Espero que agora vocês tenham uma compreensão clara do que é a geração de negociação na avaliação, conforme descrita por Guba e Lincoln. Essa abordagem representa uma evolução significativa no campo da avaliação, com um foco na participação dos stakeholders, na negociação e na construção de consenso. Embora enfrente desafios, a geração de negociação oferece um caminho promissor para avaliações mais relevantes, úteis e legítimas. Então, da próxima vez que você ouvir falar sobre avaliação, lembre-se: não se trata apenas de medir e julgar, mas de conversar, negociar e construir juntos!